Moradia adequada para todos e desenvolvimento humanos sustentáveis são questões que estão na agenda do processo de urbanização da cidade. Estes temas são altamente relevantes posto que se crer que atualmente há cerca de 100 milhões de pessoas, principalmente mulheres e crianças, que não tem um lugar para morar. Há ainda pelo menos 600 milhões de pessoas habitando em moradias que são nocivas a saúde e a vida em cidades do mundo em desenvolvimento.
As mulheres constituem 70% mundial dos mais de 1.300 milhões de pessoas vivendo na pobreza absoluta. E 50.000 mulheres e suas crianças morrem diariamente como resultado por falta de saneamento e água em suas moradias.
Discutir a cidade significa assegurar por parte dos governos, compromisso que traduzem melhores condições para que a maioria das mulheres não siga pobre e sem poder nas suas comunidades e na sociedade.
Ao se pensar a cidade, precisamos incorporar a igualdade de gênero e quantas são as suas necessidades diferentes de homens e mulher.
Com intenso trabalho por parte das mulheres, seu papel de protagonistas nos assentamentos humanos, precisa serem incorporado ao se pensar à cidade.
Enquanto o desenvolvimento sustentado das cidades combina com o desenvolvimento econômico e humano, o desenvolvimento social e a proteção do meio ambiente, respeitando plenamente todos os direitos humanos e as liberdades fundamentais, inclusive o direito ao desenvolvimento, e oferecer os meios para lograr um mundo mais estável e pacífico, fundado em uma visão ética, moral, de classe e espiritual. A democracia aos direitos humanos, a transparência, a representatividade e a rendição das contas na gestão pública e administrativa em todos os setores da sociedade, assim como a participação efetiva da sociedade civil, são pilares indispensáveis para o êxito do desenvolvimento sustentável.
A cidade deve estar fundada na democracia entre um bom governo e uma forte sociedade civil. O desenvolvimento sustentável deve incorporar elementos econômicos, sociais e do meio ambiente e respeitar os direitos e as liberdades humanas. A falta de desenvolvimentos e a pobreza não justificam a violação dos direitos humanos.
Assim como a falta de desenvolvimento e a grande extensão da pobreza absolutamente podem inibir que se goze pleno e efetivo direitos humanos e debilitar a democracia e a participação popular.
Pensar a cidade significa também tirar milhares de pessoas que vivem em absoluta pobreza e carecem de uma moradia adequada. Em muitas cidades as moradias deficientes e mesmo a falta delas, são problemas que aumentam e armazena as condições de saúde e seguridade e põem em perigo a própria vida. Toas às pessoas têm o direito a um nível de vida para si mesma e sua família, inclusive ao alimento, vestimenta, água e saneamento básico, o que melhoria as condições de vida.
A mulher tem um papel de primeira ordem no desempenho de êxito nos assentamentos humanos sustentáveis. Não obstante, a causa de diversos fatores, entre que figura a persistente e crescente carga de pobreza para as mulheres e a discriminação em razão do gênero, a mulher tropeça com obstáculos particulares quando trata de obter uma moradia adequada e de participar plenamente na adoção de decisões relativas aos assentamentos humanos sustentáveis. A emancipação da mulher e sua participação plena e em condições de igualdade na vida pública, social e econômica, melhora a saúde e a erradicação da pobreza são indispensáveis para obter êxito na sustentabilidade dos assentamentos humanos.
Ao se pensar a cidade, tem que se garantir que a mulher tem o direito de uma vida satisfatória e produtiva e deve ter oportunidade de participar plenamente das comunidades, da sociedade e em todas as decisões relativa ao seu bem estar, especialmente a sua necessidade de moradia.
Pensar a cidade sobre a ótica de gênero é considerar, reconhecer e valorizar suas múltiplas contribuições nos processos políticos, sociais e econômicos na sociedade. Assim deve-se prestar especial atenção a satisfazer as necessidades em evolução em matéria de habitação e mobilidade, a fim de que possa seguir tendo uma vida satisfatória em sua comunidade.
Garantir um marco de objetivos, princípios e compromissos, uma visão positiva dos assentamentos humanos sustentáveis, em que todas as pessoas tenham uma moradia adequada e digna, em torno da salubridade e seguro acesso aos serviços básicos e um emprego produtivo livremente escolhido, é convergir a uma visão na realidade.
Pensar a cidade é nos comprometer com uma visão holística nos assentamentos humanos. Por isto também se comprometer a cooperar com a promoção e o reforço da segurança, confiança e paz e a eliminação de todas as formas de violência a nível local, nacional e internacional.